Quarteto Vintage lança primeiro CD

O Quarteto Vintage lança no próximo dia 11, no Porto, o seu primeiro CD, com obras de Horovitz, Luís Tinoco, Vítor de Faria e Mike Curtis, disse hoje à Lusa José Eduardo Gomes, membro da formação.

A sessão de lançamento oficial do trabalho deste quarteto de clarinetes terá lugar às 21:00, no Auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

O grupo foi formado em 2001, no âmbito da disciplina de Música de Câmara, na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE).

Nesta escola superior, os clarinetistas Iva Barbosa, João Moreira, José Eduardo Gomes e Ricardo Alves - que integram a formação - foram alunos do professor António Saiote, referência internacional do clarinete e do ensino deste instrumento.

Os membros do Quarteto Vintage têm já, todos eles, sólidas carreiras profissionais, com prémios obtidos em vários concursos em Portugal, Espanha, República Checa, Alemanha, Roménia, EUA e Japão.

Vários compositores dedicaram peças ao Quarteto Vintage, nomeadamente Bruno Ribeiro ("Ostinando") e Vítor de Faria ("Fado a Quatro" e "Tributo a Zeca"), estando estas duas composições no CD agora editado.

A adaptação para quarteto de clarinetes e marimba da peça "Short Cuts", de Luís Tinoco, é estreada neste trabalho, com o percussionista Pedro Carneiro.

O Quarteto Vintage aborda já um repertório muito alargado, que abrange desde a Música Antiga até à Música Contemporânea e Popular, passando pela Música Barroca, Clássica.

"Acima de tudo, pretendemos criar uma nova sonoridade, capaz de proporcionar verdadeiros momentos de música", disse à Lusa José Eduardo Gomes

O músico considerou que "este disco é o culminar de anos de trabalho e, pelo seu ecletismo, representa, de certo modo, aquilo que o Quarteto faz".

"Por outro lado, é também o início de uma nova etapa, uma vez que já estamos a pensar no próximo CD", acrescentou.

O grupo utiliza os vários tipos de clarinete, como a requinta, o cor de basset, o clarinete alto e o clarinete baixo, com os quais procura explorar as várias possibilidades idiomáticas do instrumento.

Interpreta também obras acompanhadas por instrumentos de percussão, com os percussionistas Luís Oliveira e Luís Neiva, colaboradores regulares da formação, e dedica ainda particular importância à experimentação sonora, à criação de novas obras e ao diálogo com os compositores.