Jovem encontrado nu após sequestro e agressão

GNR direcciona investigação para ajuste de contas. Vítima recusa tratar-se de ajuste de contas e diz desconhecer agressores.

Um jovem foi sequestrado às primeiras horas da madrugada de domingo quando estava a conversar com mais dois amigos em Rio Mau, Penafiel. O rapaz foi abandonado quilómetros depois, já em Melres, Gondomar, completamente despido e com sinais de ter sido agredido. A vítima diz que não reconheceu nenhum dos cinco sequestradores, mas a GNR desconfia que este crime tenha sido um ajuste de contas motivado por divergências antigas.

Às 02.00 de domingo, três amigos, todos com 17 anos, estavam a conversar junto à Estrada Nacional 108, na freguesia de Rio Mau, em Penafiel. A meio da troca de palavras, os jovens foram surpreendidos com um carro que parou bruscamente ao seu lado. Do interior da viatura, segundo as testemunhas, saíram cinco homens que tentaram capturar os rapazes. Dois deles conseguiram fugir, mas um foi preso pelo grupo e, de imediato, metido na mala do carro.

Em seguida, a viatura arrancou a grande velocidade em direcção ao Porto. O jovem sequestrado foi encontrado poucas horas mais tarde numa das praias fluviais de Melres. Apesar de já pertencer ao território administrativo do concelho de Gondomar, esta localidade dista apenas cerca de cinco quilómetros do local do sequestro.

No areal, o rapaz foi agredido e deixado completamente nu pelo grupo sequestrador. A vítima seria descoberta mais tarde por uns populares que passaram naquele local.

À GNR, o jovem sequestrado afirmou que não reconheceu nenhum dos agressores e também não foi capaz de identificar a viatura em que foi sequestrado, recusando estabelecer qualquer ligação entre o episódio de que foi vítima e um alegado ajuste de contas.

Porém, fonte desta força de segurança revelou ao DN que a investigação segue uma linha que justifica o ataque com um ajuste de contas antigo. No entanto, para além da vítima, também os jovens que o acompanhavam negam esta teoria e mantêm a versão que não aconteceu nada que justificasse o sequestro e posterior agressão.


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